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A faixa de transição entre o sertão semi-árido e a região Amazônica denomina-se Meio-Norte, apresentando clima bem mais úmido e vegetação exuberante à medida que avança para o oeste. A vegetação natural dessa área é a mata dos cocais, onde se encontra a palmeira babaçu, da qual é extraído óleo utilizado na fabricação de cosméticos, margarinas, sabões e lubrificantes. A economia local é basicamente agrícola, predominando as plantações de arroz nos vales úmidos do estado do Maranhão. Na década de 80, no entanto, teve início o processo de industrialização da área, com a instalação de indústrias que constituem extensões dos projetos minerais da Amazônia.
A economia da região Nordeste baseia-se na agroindústria do açúcar e do cacau. O petróleo é explorado no litoral e na plataforma continental e processado na refinaria Landulfo Alves, em Salvador, e no Pólo Petroquímico de Camaçari, também no estado da Bahia. O setor de turismo, que tem demonstrado grande potencialidade de desenvolvimento na região Nordeste, vem crescendo consideravelmente nos últimos anos e apresenta perspectivas otimistas para o futuro.
A população da região Nordeste totaliza 43.792.133 habitantes, o que representa 28,9% do total do país. Sua densidade demográfica é de 28,05 habitantes por km2 e a maior parte da população se concentra na zona urbana (60,6%). As principais metrópoles regionais são as cidades de Salvador, capital do estado da Bahia, Recife, capital do estado de Pernambuco, e Fortaleza, capital do estado do Ceará.
Zona da Mata
Estende-se do estado do Rio Grande do Norte ao sul do estado da Bahia, numa faixa
litorânea de até 200 km de largaura. Possui clima tropical úmido, com chuvas mais
freqüentes na época do outono e inverno, exceto no sul do estado da Bahia, onde se
distribuem uniformemente por todo o ano. O solo dessa área é fértil e a vegetação
natural é a mata atlântica, já praticamente extinta e substituída por lavouras de
cana-de-açúcar, desde o início da colonização do país.
Agreste
É a área de transição entre a Zona da Mata, região úmida e cheia de brejos, e o
sertão semi-árido. Nesta sub-região os terrenos mais férteis são ocupados por
minifúndios, onde predominan as culturas de subsistência e a pecuária leiteira.
Sertão
Extensa área de clima semi-árido, nos estados do Rio Grande do Norte e Ceará
chega até o litoral. Os solos desta sub-região são rasos e pedregosos, as chuvas
escassas e mal distribuídas e as atividades agrícolas sofrem grande limitação. A
vegetação típica do sertão é a caatinga. Nas partes mais úmidas existem bosques de
palmeiras, especialmente a carnaubeira, também chamada "árvore da
providência", por serem todas as sua partes aproveitadas. O rio São Francisco é o
maior rio da região e única fonte perene de água para as populações que habitam as
suas margens. Nele existem várias represas e usinas hidrelétricas, como a de Sobradinho,
em Juazeiro, estado da Bahia, e a de Paulo Afonso, na divisa dos estados da Bahia e
Pernambuco. A economia do sertão nordestino baseia-se na pecuária extensiva e no cultivo
de algodão em grandes propriedades de terra, com baixa produtividade.
Polígono das Secas
Delimitada em 1951 para combater as secas do Nordeste, essa área abrange praticamente
todos os estados do Nordeste, com exceção do Maranhão e o litoral leste da região. As
secas de 1979 a 1984 e 1989 a 1990 atingiram 1.510 municípios do Nordeste brasileiro.
Síntese de Indicadores Sociais
do IBGE
Em 10.03.99 ocorreu a divulgação
pelo IBGE da Síntese de Indicadores Sociais, um levantamento anual que cruza resultados
de diversas pesquisas conduzidas pela instituição. Neste estudo aparecem com muita
clareza as desigualdades dos indicadores do Nordeste em relação, principalmente, ao
Sudeste e ao Sul, em praticamente todas as áreas - Educação, Saúde, Emprego etc.