Foto: Divulgação
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Cena de Fiz um Zum-zum e Pronto
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Está chegando o Cine Ceará: de 10 a 17 de abril. Por hora, as
listas. Agora é a vez dos curtas
Aqueles filmes que costumam fazer pensar, sorrir e até especular se
não seria melhor se fossem longas-metragens. É, curta bom é assim.
Ou não. Uma questão que pode muito bem alimentar novos debates do
Cine Ceará, cuja 18ª edição começa dia 10 de abril, nos braços do
cinqüentenário Cine São Luiz. A relação dos concorrentes já é um
preparativo para o que nos espera.
Entre documentários e ficções em suportes digitais e bitolas, de São
Paulo, Pernambuco, Rio de janeiro, Minas Gerais, Paraíba, Paraná
e.... Ceará, são ao todo 18 filmes. O mais rapidinho tem seis
minutos, tempo bem maior do que muitos outros já exibidos na
categoria. Os mais demorados, 20 minutos. Quer dizer, algo entre uma
partida de porrinha e, digamos, um primeiro tempo (corrido) de
futebol de salão. Ou uma ida ao dentista, que pode parecer horas, e
outra à lan-house, que pode parecer alguns minutos. Aí só depende da
sua identificação com as opções dos respeitáveis selecionadores
desta nova edição do festival cearense.
No final do festival, todo mundo subindo ao palco do Cine São Luiz,
respeitando o cerimonial mais ou menos inspirado de sempre, aquela
emoção de ver o trabalho reconhecido com o tal do Troféu Mucuripe em
ao menos uma das categorias: melhor curta, claro, e ainda direção,
fotografia, edição, roteiro, som, direção de arte, ator e atriz.
Olhando assim, parece até fácil levar pelo menos uma. Mas no final,
muitas vezes, o que a gente nota é mesmo uma polarização das
premiações. Melhor mesmo seria uma pulverização, prova de que os
filmes escolhidos tinham mesmo qualidade para as disputas.
Curto e grosso
Então vamos lá: ´Ismar´, documentário digital de Gustavo Beck (11´,
Rio de Janeiro, 2007); ´Fiz zum zum e pronto´, ficção digital de
Marcelo Lordello (20´, Pernambuco, 2007); ´Décimo segundo´, ficção
em bitola de 35 mm, de Leonardo Lacca (20´, Pernambuco, 2007);
´Corpo presente´, ficção em 35 mm, de Marcelo Toledo (20´ São Paulo,
2007); ´Um ramo´, ficção em 35 de Juliana Rojas (15´, São Paulo,
2007); ´Instrumento detector de alguma coisa´, documentário digital
de Otto Cabral (9,45´´, Paraíba, 2007); ´Antônio pode´, ficção em 35
de Ivan Morales (12´, São Paulo, 2007); ´Convite para jantar com o
camarada Stalin´, ficção em 35 mm, de Ricardo Alves (10´, Minas
Gerais, 2007); ´Prisão´, ficção em betacam de Joana Oliveira (13´,
Minas Gerais, 2007); ´Ocidente´, documentário em 35mm de Leonardo
Sette (6´, Pernambuco, 2008);
´Sin Peso´, filme experimental em digital de Cao Guimarães,
convidado de ontem para um bate-papo com os alunos da Escola de
Audiovisual de Fortaleza (7´, Minas Gerais, 2007); ´O Vampiro do
Meio-Dia´, ficção em beta de Anita Rocha (19´, Rio de Janeiro,
2007)... Pausa para meditação. E vamos lá: ´Areia´, ficção em 35 de
Caetano Gotardo (12´, São Paulo, 2008); ´Outubro´, ficção, também em
35mm, de Murilo Hauser (15´, Paraná, 2007); ´A psicose de Valter´,
filme experimental em 35 de Eduardo Kishimoto (15´, São Paulo,
2007); ´...´ (isto mesmo, reticências), ficção digital de Julian
Gomes e João Bittencourt (19´, Rio de Janeiro, 2007); ´Eu posso ver
o que você sente´, filme experimental digital de Hugo Pierot (8´,
Ceará (eh!), 2007) e ´Ficamos felizes com sua marcante presença
nesse momento tão especial de nossas vidas´, documentário digital de
Pedro Diógenes (20´, Ceará (eh de novo!), 2008). Então... Curta!
PROGRAMAÇÃO
18º Cine Ceará.
De 10 a 17 de abril.
O festival é uma promoção da Universidade Federal do Ceará, através
da Casa Amarela Eusélio Oliveira com apoio do Governo do Estado do
Ceará (Secretaria da Cultura) e do Ministério da Cultura (Secretaria
do Audiovisual). A realização é da Associação Cultural Cine Ceará e
conta com patrocínio de empresas públicas e privadas, por meio da
Lei Estadual de Incentivo à Cultura (SIEC) e da Lei Federal de
Incentivo à Cultura (Lei Rouanet).
(©
Diário do Nordeste)
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