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Paulo Jobim organiza acervo inédito de Caymmi

28/06/2008

 

 

Divulgação

Dorival Caymmi
 

Cerca de 10 mil documentos, entre fotos e partituras, estão sendo catalogados

Livia Deodato

O Que É Que a Baiana Tem?, canção que Carmen Miranda tornou célebre em Banana da Terra, filme de João de Barro de 1938, assim como outros 10 mil documentos textuais, entre agendas pessoais de 1965 a 1997, partituras manuscritas, reportagens, vídeos caseiros e milhares de fotos do baiano Dorival Caymmi, estão sendo organizados em um acervo especial, por iniciativa do músico Paulo Jobim, filho de Tom.

O trabalho é árduo: desde o fim do ano passado, quando o programa Natura Musical aprovou o projeto, foram catalogados apenas 2 mil desses 10 mil documentos do acervo, tendo 500 deles ''escaneados'' até agora. A previsão é de que tudo fique pronto em agosto de 2009. ''A nossa equipe ainda está levantando onde estão os quadros que Caymmi pintou durante toda a sua vida, faceta um tanto desconhecida pelo grande público'', adianta Paulo. Nove pessoas estão envolvidas diretamente nesse trabalho, entre eles, Gabriel e Juliana Caymmi, filhos de Danilo e netos de Dorival.

Foi Danilo, inclusive, quem deu a idéia de organizar o montante artístico do pai. ''Há dois ou três anos conversamos sobre a possibilidade de se fazer um acervo de Dorival, a exemplo do de meu pai. Cheguei a inscrever o projeto em outros editais, mas não obtive aprovação, pois a grande maioria dos patrocinadores quer um retorno imediato'', detalha Paulo Jobim.

O que vai diferir o Acervo Dorival Caymmi do Instituto Antonio Carlos Jobim, localizado no Jardim Botânico, no Rio, é o ''local'' onde será inserido - as obras do poeta nascido em Salvador em 1914 serão oferecidas ao público, a princípio, somente no universo virtual, com livre acesso. ''Só vamos restringir certos documentos, como correspondências pessoais, que podem conter frases que machuquem alguém ou que necessitem de autorização de demais partes envolvidas'', diz.

(© Estadão)


Fidel Castro critica declarações de Caetano Veloso sobre direitos humanos em Guantánamo

Para Fidel, a declaração foi uma "prova da confusão e do engano semeados pelo imperialismo".

"Em duas palavras: o músico brasileiro pediu perdão ao império por criticar as atrocidades cometidas naquela base naval em território ocupado de Cuba", disse Fidel, de 81 anos, que se afastado do governo.

Os versos da música "Baía de Guantánamo" falam sobre a contradição de os Estados Unidos, ferrenhos defensores dos direitos humanos dentro de seu território, ignorarem esses princípios em sua base militar na ilha.

"O fato de os americanos desrespeitarem os direitos humanos em solo cubano é por demais forte simbolicamente para eu não me abalar", diz a letra.

Em declarações ao jornal brasileiro, entretanto, Caetano disse que, apesar do mal-estar que sentiu diante da situação irregular produzida pelos americanos na ilha, em matéria de direitos humanos e questões de liberdade e respeito aos homens, os EUA eram superiores a Cuba.

"Se eu fosse um tipo de pessoa de esquerda, pró-Cuba, anti-Estados Unidos, não sentiria decepção alguma pelo que ocorreu nas prisões de Guantánamo", disse à Folha.

"Se você falar em questão de como são observados os direitos humanos e as questões de liberdade e respeito aos homens, sou 100% mais EUA do que Cuba. E eles, os americanos, os defensores das sociedades abertas, apresentam muitas vezes o caso de Cuba, como um lugar onde não se respeitam as liberdades. Que aconteça isso na base de Guantánamo, sendo que são os americanos que estão desrespeitando os direitos humanos, me abala, me provoca mal-estar. Justamente porque eu sou neste ponto do lado dos americanos".

(© O Globo)

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