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Chico Science ganha memorial no Pátio de São Pedro, no Recife

24/04/2009

 

 

Chico Science morreu num acidente de carro em 1997
 
A Secretaria de Cultura do Recife inaugura nesta sexta-feira (24) o Memorial Chico Science, que busca refletir sobre o metabolismo pop que movia e rodeava o artista pernambucano, mas sem tirar os pés do presente do circuito cultural do Estado. O evento acontece no Pátio de São Pedro, onde fica o Memorial, e começa às 19h.

Na abertura, que acontece do lado de fora do espaço, Jorge du Peixe e Lúcio Maia são responsáveis pelo som com o projeto Cool Crabs. O grafiteiro Galo de Souza também está lá, fazendo desenhos em imagens projetadas ao vivo e o público pode participar.

ESTRUTURA - O salão de entrada terá exposição fixa de fotos, textos e referências visuais à história do artista e a sua relação com a cultura mangue. Em um outro ambiente, os visitantes podem interagir com projeções que alternam e sobrepõem imagens de Chico, dos filmes que assistia (como os de Bruce Lee) e grafismos que remetem às raízes de um manguezal. A instalação, baseada em software desenvolvido pelo designer Jarbas Jacome, deve ser substuída após curadoria futura.

No terceiro ambiente, está reunida uma DVDteca com vídeos que faziam parte do repertório do artista, além de outros títulos indicados pelos amigos e músicos contemporâneos. O espaço também abrange uma biblioteca com livros e quadrinhos que, de forma direta ou afetiva, estão relacionadas a Chico. Também é prevista a realização de oficinas e cursos, mas a programação ainda não foi divulgada.

(© JC Online)


Recife agora tem memorial Chico Science

Foto: Alexandre Belém/ JC Imagem

Espaço com três ambientes no pólo cultural do bairro de São José reúne exposição e informação educativa e lúdica sobre o malungo

Luís Fernando Moura
luisfernandomoura@gmail.com

Quando se trata de Chico Science, ninguém discorda que o músico saiu de uma carreira meteórica para se tornar um mito. Mas as lembranças são diversas. Sempre há quem pense nas alfaias ou no maracatu eletrônico lembrando de Chico como ícone máximo de um estilo de tocar música regional. Há quem pense também na origem do mangue que, por ser tantas coisas ao mesmo tempo, foi categorizado como movimento cultural – algo muito além da música. A Secretaria de Cultura do Recife inaugura hoje o Memorial Chico Science, que busca refletir sobre o metabolismo pop que movia e rodeava Chico, mas sem tirar os pés do presente do circuito cultural pernambucano. O evento acontece no Pátio de São Pedro, onde fica o Memorial, e começa às 19h.

“A gente não quer fazer algo saudosita ou necrófilo em torno da memória de Chico. Queremos pensar no que pode ser feito na cultural local. Vamos fugir dos estereótipos que circundam o manguebeat”, explica Renato L, secretário de Cultura do Recife. “O Memorial tem como função maior a preservação do acervo de Chico, não exatamente seus pertences, mas sua memória imaterial”, explica. São três ambientes que têm como proposta reunir exposição e informação de forma educativa, mas também lúdica.

Maria Eduarda Belém, Duda, ex-namorada do músico e curadora do projeto, explica que o salão de entrada terá caráter informativo com exposição fixa de fotos, textos e referências visuais à história do artista e a sua relação com a cultura mangue. “Vamos apresentar a evolução de Chico até ele chegar a ser uma referência na música e na cultura pernambucana, e até nacional”, explica.

Em um outro ambiente, caracterizado por Duda como “imersivo”, a ideia é induzir o público a se defrontar com o universo simbólico do mangue a partir de uma instalação artística. “Tivemos a ideia de criar um espaço em que a atmosfera do Recife fosse trabalhada de maneira mais intuitiva”, explica. No local, os visitantes podem interagir com projeções que alternam e sobrepõem imagens de Chico, dos filmes que assistia (Renato lembra, por exemplo, os de Bruce Lee) e grafismos que remetem às raízes de um manguezal. A instalação, baseada em software desenvolvido pelo designer Jarbas Jacome, deve ser substuída após curadoria futura.

No terceiro ambiente, que a equipe batizou como “educativo”, está reunida uma DVDteca com vídeos que faziam parte do repertório do artista, além de outros títulos indicados pelos amigos e músicos contemporâneos. O espaço também abrange uma biblioteca com livros e quadrinhos que, de forma direta ou afetiva, estão relacionadas a Chico. “Pegamos uma média do que a gente consumia na época e agora vamos juntando a uma lista de novidades que vamos consumindo”, revela Duda, que enfatiza o caráter de “progresso” do memorial. “Sempre pensamos neste espaço como um local de permanente transformação”, afirma.

Também é prevista a realização de oficinas e cursos, mas a programação ainda não foi divulgada. Na abertura, que acontece do lado de fora do Memorial, Jorge du Peixe e Lúcio Maia são responsáveis pelo som com o projeto Cool Crabs. O grafiteiro Galo de Souza também está lá, fazendo desenhos em imagens projetadas ao vivo e o público pode participar.

Serviço
 

O Memorial Chico Science funciona de segunda a sexta-feira, das 9h às 17h. A entrada é franca.

(© JC Online)


SITE

CHICO SCIENCE ESPECIAL (JC)

CHICO SCIENCE ESPECIAL (UOL)

CHICO SCIENCE - A HERANÇA DO MALUNGO

ÁUDIO

Chico Science e Nação Zumbi - a cidade

VÍDEO

Chico Science & Nação Zumbi - Arquivo - Trama/Radiola

 

 

Com relação a este tema, saiba mais (arquivo NordesteWeb)


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