26/07/2008
Fotos: Glauco Araújo/G1
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Poço Redondo lembra os 70 anos das mortes de Lampião e Maria Boniga
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O cangaceiro e Maria Bonita foram mortos em 28 de julho de 1938.
Missa na Grota de Angicos vai lembrar os 70 anos da morte do casal.
Glauco Araújo
Do G1, em Poço Redondo (SE)
Moradores da cidade de Poço Redondo (SE)
fizeram festa, nesta sexta-feira (25), para lembrar os 70
anos das mortes de Lampião e Maria Bonita. Eles foram mortos
em 28 de julho de 1938 na Grota de Angicos, que fica no
município sergipano, durante uma emboscada montada pela
volante (polícia) da época.
Na cidade, dois bonecos com mais de dois metros de altura
passearam pelas principais ruas. Centenas de pessoas
acompanharam o trajeto dos ‘cangaceiros’, que incluiu as
ruas estreitas do centro de Poço Redondo e a praça da Igreja
Matriz. Elas foram animadas por uma fanfarra escolar e
acompanhadas de um desfile de carros de boi.
Muitas crianças aproveitaram o período de
férias escolares para seguirem os bonecos de Maria Bonita e
Lampião pela cidade. Muitos optaram por pegar uma carona nos
carros de boi, mas outros aproveitaram para verem de perto
os instrumentos musicais da fanfarra.
Por conta da data, a cidade é sede da I
Mostra Cultural - Raízes de um povo, que começou nesta
sexta-feira e vai até segunda-feira (28), quando uma missa
será realizada às 9h, na Grota de Angicos. Segundo a
assessoria de imprensa da prefeitura da cidade, estão
confirmadas as presenças de Expedita Ferreira Nunes e Vera
Ferreira, filha e neta de Lampião e Maria Bonita,
respectivamente.
Neste sábado (26), um debate sobre os 70 anos da morte de
Lampião e Maria Bonita será realizado no Colégio Menino
Deus. Vera e Expedita participarão do encontro e estarão
acompanhadas dos pesquisadores Raimundo Leite, Fernando Sá e
Lício Valério, além do historiador Alcino Alves Costa e do
folclorista Franklin Maxado.
No sábado, há apresentação de grupos
musicais(Foto: Glauco Araújo/G1)
No sábado, os moradores da cidade vão se
animar com shows de grupos musicais nas ruas de Poço
Redondo. Grupos de pífanos, de danças e quadrilhas também
estão na programação do evento.
Recentemente, a cidade inaugurou uma praça em homenagem ao
cangaceiro. O monumento tem artefatos usados por cangaceiros
e até um poema "repente" escrito em uma das paredes.
(©
G1)
Morte de Lampião completa 70 anosEle e Maria Bonita morreram em 28 de julho de 1938 na Grota de Angicos,
em Sergipe.
Cidades por onde passou Lampião
realizam eventos para lembrar a data.
Glauco Araújo
Do G1, em São Paulo
As mortes de Virgolino Ferreira da Silva, o Lampião, e Maria Gomes de
Oliveira, a Maria Bonita, completam 70 anos nesta segunda-feira (28).
Eles foram assassinados na Grota de Angicos, em Poço Redondo (SE),
durante uma emboscada montada pela volante (polícia) da época. Os dois
se tornaram mitos da história brasileira.
No confronto, outros nove cangaceiros foram mortos. São eles:
Quinta-Feira, Luís Pedro, Mergulhão, Elétrico, Enedina e outros quatro
que ainda permanecem desconhecidos, segundo o pesquisador Antônio Amaury
Corrêa. Todos tiveram suas cabeças cortadas e expostas como troféus na
escadaria onde hoje funciona a Prefeitura de Piranhas (AL).
"Maria Bonita nunca pisou no Ceará, na Paraíba e no Rio Grande do
Norte. Como ela entrou depois no cangaço, a presença dela só foi
registrada em Sergipe, Alagoas, Bahia e Pernambuco", disse Corrêa.
Segundo o pesquisador, as cidades mais importantes para o Cangaço
foram Vila Bela, hoje conhecida como Serra Talhada (PE), Jeremoabo (BA),
Uauá (BA), Floresta (PE), Piranhas (AL), Delmiro Gouveia (AL), Poço
Redondo (SE), Porto da Folha (SE) e Glória (BA). "Foram locais onde
funcionaram as sedes da volantes ou de passagem de Lampião", afirmou
Corrêa.
Lembranças
Missas e eventos em memória do casal de cangaceiros devem ser
realizadas em cidades de pelo menos quatro dos sete estados onde há
registros oficiais da passagem de Lampião. Segundo o historiador João de
Souza, 43 anos, o cangaceiro circulou pelos estados do Piauí, Rio Grande
do Norte, Ceará, Pernambuco, Bahia, Alagoas e Sergipe. "Nestes quatro
últimos é que a presença dele se fez mais marcante."
A cidade de Paulo Afonso (BA), onde nasceu e viveu Maria Bonita, vai
completar 50 anos de emancipação política na mesma data em que a morte
do casal aconteceu. Durante os dias 14 e 18 de julho, o pesquisador e
historiador Luiz Rubens Bonfim expôs o trabalho "Manchetes sobre a morte
de Lampeão". A exposição é o resultado de uma pesquisa sobre as
manchetes veiculadas em jornais da época.
Em Poço Redondo será realizada a I Mostra Cultural - Raízes de um
povo, que começa nesta sexta-feira (25) com um desfile de carros de boi.
A missa na Grota de Angicos será realizada na segunda-feira (28), às 9h,
com a presença de Expedita Ferreira Nunes e Vera Ferreira, filha e neta
de Lampião e Maria Bonita, respectivamente.
Durvinha
Souza aproveitou a data dos 70 anos do confronto em Angicos e lançou
nesta quarta-feira o livro "Moreno e Durvinha - Sangue, amor e fuga no
Cangaço". O trabalho trata da história do casal de cangaceiros que fugiu
para Minas Gerais depois da morte de Lampião. Durvinha morreu em 28 de
junho deste ano após sofrer um acidente vascular cerebral.
O livro também fala da história do casal, que trocou de nome em Minas
Gerais, tirou novos documentos e se escondeu de todos os cangaceiros. A
história da vida deles foi guardada em segredo durante 60 anos e
revelada apenas em 2007. Nem mesmo os filhos conheciam o passado deles.
(©
G1)
Exposição retrata manchetes de jornal sobre morte de Lampião
Mostra itinerante vai ficar em Paulo Afonso (BA) até sexta-feira (18).
Cangaceiro morreu em 28 de julho de 1938 na Grota de Angicos, em Sergipe.
Do G1, em São Paulo
A cidade de Paulo Afonso (BA) recebe a exposição itinerante
“Manchetes sobre a morte de Lampeão”, a partir das 20h desta
segunda-feira (14). O responsável pelo trabalho é o pesquisador e
historiador Luiz Rubem Bonfim. O material será exposto até sexta-feira
(18), no SESC Ler, no bairro Tancredo Neves.
A exposição é o resultado de uma pesquisa composta de 50 painéis com
manchetes veiculadas em jornais e que retratavam a morte do famoso
cangaceiro, ocorrida em 28 de julho de 1938, ocorrida na Grota de
Angicos (SE).
Durante exposição serão exibidos os documentários Virgulino Ferreira da
Silva, vulgo Lampião: Governador do Sertão, de Miguel Teles e Kleberson Alves, e
Memória do Cangaço, de Paulo Gil Soares
(©
G1)
Turistas revivem passos de Lampião na Rota do Cangaço
Em julho, são esperadas 20 mil pessoas para visita ao sertão
pernambucano.
Expectativa da Empetur é ampliar tempo de permanência dos turistas nas
cidades.
Do G1, em São Paulo
A Rota do Cangaço e Lampião é a nova opção de lazer em Pernambuco,
que leva os turistas a conhecer pontos do sertão do estado por onde o
líder cangaceiro passou. A expectativa da Empresa de
Turismo
de Pernambuco (Empetur) é que o primeiro grande grupo de visitantes
conheça a região durante o mês de julho. São esperadas 20 mil pessoas
para o mês em que é comemorado os 70 anos de morte de Lampião.
A rota engloba os municípios pernambucanos de Triunfo, Serra Talhada,
Santa Cruz da Baixa Verde, São José do Egito, São José do Belmonte e
Afogados da Ingazeira.
“Temos a intenção de resgatar a cultura e aumentar o tempo de
permanência do turista na região. As pessoas sempre foram conhecer estes
locais, mas antes ficavam apenas um dia. Agora, contam com programação
organizada para ficar pelo menos três dias”, afirma Gilberto Pimentel,
presidente da Empetur.
De acordo com Pimentel, a rede hoteleira foi incrementada e os guias
turísticos foram instruídos para receber bem e levar informações às
pessoas. “Futuramente, eles podem vir caracterizados como Lampião para
apresentar as cidades”, afirma.
Segundo o presidente da Empetur, um dos objetivos é levar os próprios
pernambucanos – que residem em cidades litorâneas – para conhecer o
sertão. “Turistas de todos os estados são bem-vindos, mas também
queremos trazer quem mora no estado para prestigiar a cultura desta
região”, diz.
Trilhas por onde Lampião passou estão entre os passeios. Segundo
Pimentel, as ruínas da antiga casa-grande da fazenda Pedreira e o Sítio
Passagem das Pedras estão entre os pontos turísticos. O acervo conta
com fotografias, móveis, objetos e documentos ligados aos guerrilheiros
do sertão e remetem o visitante a um mergulho no mundo do cangaço.
Outro ponto que merece ser conhecido é a Casa de Cultura em Serra
Talhada (foto acima, à esquerda), que abriga peças da história da cidade e de Lampião. À noite,
os turistas podem curtir apresentações de grupos de xaxado e forró. Quem
gosta de música pode curtir a programação de São José do Egito,
onde violeiros tocam cantigas locais pelas ruas.
(©
G1)
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Com relação a este tema, saiba mais (arquivo NordesteWeb)
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