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A mais nova flor cultivada por Lenine

19/09/2008

 

 

Foto: Divulgação/Nana Moraes

"Este é meu disco mais íntimo", revela Lenine
 

Labiata, título do disco que chega hoje às lojas, se refere à paixão que o compositor tem pelas orquídeas e marca sua volta ao estúdio

José Teles

Labiata, o novo CD de Lenine (lançado também em edição limitada em vinil), chega às lojas de todo o Brasil hoje. É o primeiro disco de estúdio que ele lança desde Falange canibal, de 2002. “Mas, veja bem, não é o primeiro de inéditas. In cité, de 1980, tem 80% de músicas feitas para aquele trabalho”, diferencia. Labiata, uma de suas orquídeas preferidas entre as espécimes nacionais, deu nome ao disco, por várias razões, umas das quais pela a sonoridade do nome: “É sensual, tem a ver com lábios, labial. A labiata, com a purpurata, disputa o posto de a orquídea nacional. São matrizes para cruzamentos no mundo inteiro e elas se adaptam bem. Isto tem uma correlação com o meu trabalho como músico”, comenta ele, que é hoje um “orquidólatra” e mantém em seu sítio um orquidário, onde cultiva vários tipos desta planta que é considerada, erroneamente, parasita: “Engraçado que isso começou por acaso, quando comprei um sítio aqui no Rio, há uns oito anos. Passei a fazer um banco genético, para onde viajo procuro saber quais as plantas endêmicas do lugar. A orquídea, na realidade, não é parasita, ela á uma planta de raízes aéreas e cresce em outras plantas, árvores, mas não se alimenta delas. Usa o hospedeiro para se abrigar do sol, do vento, o que acontece é uma simbiose não parasitismo”, explica.

Labiata abre com uma composição apenas de Lenine, Martelo bigorna. “Não tem espírito belicoso na imagem, eu tento explicar o fato de ter determinada conduta, explicita também o espírito de liberdade do meu trabalho. É um pouco autobiográfica, aborda um pouco do desejo de seguir seu desenho e seu sonho. Curioso é que esta música tem compasso composto, mas o arranjo do Quinteto da Paraíba transforma o composto num binário. O 7 por 7 é igual a 14 que é par, e o Quinteto fica com dois compassos dentro e dois fora, as pessoas até dançam neste compasso composto”.

Uma das faixas que chama de imediato a atenção é Samba e leveza, parceria póstuma com Chico Science. “Conheci Chico, chegamos a dividir palco, porém nunca tivemos intimidade. Quem me trouxe esta letra foi Goretti, irmã dele. Me falou que Chico voltou de uma viagem da França, apaixonado, e cantava muito esta letra”. Lenine confessa que foi um pedido tão delicado, e ao mesmo tempo tão emocionado, que ele resolveu dedicar a canção a Goretti França.

A entrevista é concedida num dia de muita chuva, numa casa na Gávea, escritório da assessoria de imprensa do cantor, com a presença do pessoal da Natura, que patrocinou o disco e patrocinará a turnê. Lenine recebe um jornalista de cada vez, o que evita que as entrevistas sejam iguais. Entre um e outro, convida para comer o “japonês”, ou seja, sushis e sashimis servidos em porções generosas. Nada de bebidas alcoólicas. Tudo muito light.

Não por acaso, as primeiras dez mil cópias de Labiata em CD foram confeccionadas com papel reciclado. Igualmente, não por acaso, também o disco quase inteiro enfatiza uma preocupação com o destino, cada vez mais preocupante do planeta: “Em todos meus discos trago isso, não que eu seja ambientalista, mas tenho preocupações porque, não faz muito tempo, previa-se que os problemas ambientais aconteceriam em proporções aritméticas, agora já se sabe que estão vindo em proporções geométricas, muito rápido e voraz”.

Com o parceiro de longas datas, Lula Queiroga, ele assina A mancha: “A mancha vem comendo pela beira/o óleo já tomou a cabeceira do rio/e avança”. “Começamos esta música há uns cinco anos, era para ter entrado nos dois discos anteriores, mas acabou fora. Ouvindo agora, parece ter sido feita ontem”. Com outro parceiro de várias viagens, Bráulio Tavares, Lenine aponta para o aquecimento da calota polar que, em futuro não muito distante, deixará submersas cidades à beira-mar. O Recife, inevitavelmente será uma delas. A letra é quilométrica, lembra o Bob Dylan de It"s all right ma, I"m only bleeding. “Bráulio é um cara que fez a cabeça de muita gente de minha geração. Ele foi passar uns dias no meu sítio e estava há algum tempo sem compor. Conversamos sobre este assunto, daí uns dias ele mandou esta letra longuíssima, que tivemos que ir cortando para caber no disco. Mas qualquer dia eu lanço um single com a versão integral”, brinca. A letra apocalipticamente realista de Bráulio tem o refrão: “Eu vim plantar meu castelo/naquela serra de lá/onde daqui a cem anos/vai ser uma beira-mar”.

Não é apenas Jesus que é fiel, como se prega em adesivos em pára-brisa de carros. Lenine é de uma fidelidade canina aos seu parceiros, que são praticamente os mesmos em todos seus discos. Ivan Santos, músico que vive na Alemanha, é co-autor da engenhosa Moça, uma dessas raras letras que transcendem de poesia a poema. No apocalíptico enquadra-se também É fogo (de Carlos Rennó). “Foi outra letra longa que tivemos que cortar uma porção de versos”, conta Lenine, que canta nesta faixa acompanhado por Pedro Luís e a Parede, cujo mais recente disco foi produzido por ele (o grupo toca também em A mancha). Completam o time de parceiros Paulo Cesar Pinheiro, na Ciranda praieira (que tem entre os instrumentos uma inusitada gaita-de-foles), e o ubíquo Dudu Falcão em É o que interessa, a música suave do disco. Que tem como contraponto a ledzeppeliana O céu é muito, do parceiro mais recente de Lenine, Arnaldo Antunes. “É meu lado Led Zeppelin, a mais pesada do disco. E aquele riff de guitarra pesadão quem faz sou mesmo, num dobro”, jacta-se o cantor, que sempre alardeou que suas influências não estão no tropicalismo, mas no Clube da Esquina e no rock inglês dos anos 70, Pink Floyd, Led Zeppelin e Black Sabbath. É também parceria com o ex-Titã outra pesda do disco, Excesso exceto, que tem canja vocal de China: “É um grande cantor, e um cara que tem uma presença de palco incrível”, elogia Lenine.

A fidelidade de Lenine estende-se aos músicos de sua banda, Pantico Rocha, Jr. Tóstoi, e Guila. “Digo até que não faço disco solo. Somos uma banda. Eles influem em tudo, as músicas foram gravadas no estúdio de Jr.Tostói, nunca realmente fiz disco sozinho. Tem uma parte solitária, que é a de compor, entre quatro paredes. Mas aí já vou pensando numa linha de baixo, na guitarra, vai ficando implícito à medida que a música vai sendo criada”.

Assim como começa com uma canção autobiográfica, Labiata termina com uma canção confessional, na qual Lenine exerce o nepotismo esclarecido, trazendo os três filhos, João (também autor de um refinado release do disco), Bernardo e Bruno (o mais novo, de 14 anos). “Procurava letras que não tinha usado e encontrei esta. Continuação, que não era para ser música. Escrevo eventualmente poemas e vi que, neste, meus filhos estavam nos versos. Todos têm no DNA a música. Pedi um release a João, que já tem um carreira consolidada com a Casuarina, e ele escreveu um texto muito bom, e foi direto, ninguém poderia me conhecer melhor. Ele foi direto ao que tenho nesta coisa bem minha, o critério”, conclui.

(© JC Online)

 


Oitavo disco de Lenine, "Labiata" traz parceria com Chico Science

Anderson Dezan, do Último Segundo

RIO DE JANEIRO – Apaixonado confesso pelas orquídeas, o cantor e compositor Lenine escolheu uma das mais famosas espécies da planta para batizar seu novo álbum, “Labiata”, o oitavo da carreira do artista e que já está nas lojas em CD e vinil. Produzido por Jr. Tostoi e pelo próprio Lenine, o disco foi finalizado na Inglaterra, nos estúdios de Peter Gabriel, ex-vocalista do Genesis, e marca o retorno do cantor à gravadora Universal (ex-Polygram) após 25 anos.

Segundo Lenine, a escolha do nome do novo trabalho se deu por causa da sonoridade da palavra e pelas características que essa planta possui, que remetem à música popular brasileira. “A escolha foi totalmente passional, mais pela sonoridade. Labiata é um nome lindo e tem muito de lábia, mais ainda de labuta”, diz o artista.

Lenine compôs no estúdio e recuperou
faixa inédita de Chico Science / Divulgação

“Três coisas me impressionam neste tipo de orquídea. Em primeiro lugar, a beleza da flor, sua exuberância. Depois, a diversidade da ocorrência dela. São mais de 40 mil espécies espalhadas pelo mundo e é possível encontrá-la no meio do deserto da Austrália, como no Tibete. Em terceiro lugar, a resistência. Ela tem essa capacidade de ser uma flor delicada e robusta. Esses três significantes permeiam o que é a música popular brasileira: a beleza, a diversidade e a resistência”, completa.

Ao contrário dos discos anteriores, para esse novo trabalho Lenine entrou no estúdio sem repertório algum e foi escrevendo durante o próprio processo de gravação. “Geralmente, quando você começa a fazer um disco, já tem um pedaço dele pronto. Nesse, por uma conjugação de falta de tempo e também por querer testar esse frescor de compor e gravar, fui fazendo assim, criava a música de noite e no outro dia ia para o estúdio”, explica.

De acordo com o compositor, “Labiata” mescla a vivência e a intimidade adquirida com a banda durante a divulgação do álbum anterior – “Lenine Acústico MTV” – com a urgência exercida por ele durante a composição da trilha sonora do espetáculo de dança “Breu”, do Grupo Corpo. Como resultado dessas influências, o artista obteve, segundo ele, um álbum muito pessoal. “Esse é o meu disco mais íntimo porque foi feito com as pessoas mais próximas a mim”, afirma. “Estou nu nessa obra. O disco é todo em primeira pessoa. Ele é direto, não tem subterfúgios.”

Composições e parcerias

“Labiata” reúne 11 faixas inéditas, sendo duas composições suas e nove músicas feitas em conjunto com Arnaldo Antunes, Dudu Falcão, Paulo César Pinheiro, Bráulio Tavares, Lula Queiroga, Ivan Santos e Carlos Rennó. Entre as parceiras deste disco, uma se destaca. Lenine divide a autoria de “Samba e leveza” com Chico Science, ex-vocalista do Nação Zumbi, morto em 1997.

“A irmã do Chico, Goretti, me procurou e me contou que uma vez ele havia chegado de viagem apaixonado, cantarolando uma música romântica, bem diferente do que ele cantava na Nação Zumbi. Ela abriu um livro de manuscritos dele e me disse que eu era o único capaz de transformar aquele texto em canção”, revela Lenine.

Segundo o cantor, primeiramente ele relutou, porque nunca havia sido muito íntimo de Chico Science, embora tivesse uma admiração profunda por seu trabalho. Graças à insistência de Goretti, Lenine acabou concordando em transformar os manuscritos do maior nome do manguebeat em música e mesclou na canção referências do encontro que teve com a irmã de Science. “A musa dessa canção é a Goretti. A música é dedicada a ela.”

Além das parcerias nas composições, paixão maior de Lenine – “Minha real profissão é compor. Esse é um exercício louco. Você tem que entrar na mente do outro e imaginar como a composição vai ficar na voz dele” –, “Labiata” conta com algumas participações especiais nos vocais. O cantor pernambucano divide os microfones com o conterrâneo China na canção “Excesso Exceto” e com os três filhos na faixa “Continuação”.

“O João (Cavalcanti, do grupo de samba Casuarina) já é um profissional da música; o Bruno (Giorgi) está no caminho, tem seu estúdio e faz música na UniRio; e o Bernardo (Pimentel), que é o mais novo, é um apaixonado e ótimo jogador de basquete, mas é superafinado. Eu vi os meninos se divertindo ali e cantando juntos, fiquei muito emocionado”, confessa.

Site e shows

 
No site oficial do cantor, o internauta pode ouvir a primeira música de trabalho de “Labiata”, “É o que me interessa”. A canção está na trilha sonora da novela “A Favorita” e é o tema da personagem da atriz Patrícia Pillar.

“Tenho uma relação pessoal com as pessoas de televisão, alguns diretores são amigos. Fiz algumas músicas para novelas que não saíram em nenhum álbum meu”, diz o artista.

Lenine já começou a ensaiar o show do novo trabalho e o início da turnê está marcado para o dia 31 de outubro no SESC Pinheiros, em São Paulo. Depois da capital paulista, o artista fará apresentações em Salvador (Teatro Castro Alves), Recife (Teatro UFPE) e chegará ao Rio de Janeiro no dia 29 de novembro (Vivo Rio). A previsão é percorrer o País com o show até março, quando dará início a uma turnê pelo exterior.

(© Último Segundo)


MÚSICA

Pedro Luís e Lenine quebram jejum

Carioca e sua banda voltam à ativa com "Ponto Enredo", produzido pelo pernambucano, que também lança CD, "Labiata'

Para Lenine, "samba e macumba" permeiam o som de Pedro Luís e a Parede, que toca bateria em canções do sexto disco solo do colega

CAIO JOBIM
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA, DO RIO

Houve momentos entre abril e maio deste ano em que Lenine chegou a passar 20 horas por dia em estúdio. Ele estava dividido entre a gravação de "Labiata" (Universal), seu sexto trabalho solo, e a produção de "Ponto Enredo" (independente), disco que marca a volta de Pedro Luís e a Parede à ativa.

O grupo carioca vinha se dedicando a outros dois projetos: um com Ney Matogrosso, e o outro, as festas e desfiles do Monobloco, o maior fenômeno de público da revitalização do Carnaval de rua do Rio.

Gravados praticamente ao mesmo tempo, "Labiata" e "Ponto Enredo" estão sendo lançados agora.

"O meu trabalho está tão imbuído de prazer que eu acabo me iludindo, achando que não estou trabalhando, e passo horas e horas naquilo, pensando que estou me divertindo. Era de manhã com a Plap [Pedro Luís e a Parede] e de tarde até a noitinha fazendo o meu [disco]", lembra Lenine.

Pode parecer coincidência essa confluência entre a obra de Lenine e a da Plap, mas para o pernambucano é uma questão de "sincronicidade". Em 1997, enquanto ele lançava "O Dia em que Faremos Contato", seu primeiro trabalho solo, Pedro Luís e a Parede estreavam em disco com "Astronauta Tupy". A mistura de música pop com acento brasileiro em canções como "Caio no Suingue", dos cariocas, e "Que Baque é Esse?", do pernambucano, conquistou o público.

De passagem pelo estúdio, Lenine participou de "Chuva de Bala" fazendo intervenções de voz e percussão de boca. Embora a colaboração não tenha sido creditada, Pedro Luís lembra que ela não se limitou a essa faixa. "Em "Tudo Vale a Pena", que está nesse primeiro disco, Lenine tocou violão. Eu comecei a me aproximar dele nessa época. Desde lá, nos discos dele ou nos nossos, a gente está junto", conta o músico.

"Correndo por fora"

No ano passado, quando a Plap resolveu gravar um novo disco, os músicos convidaram Lenine para fazer a produção. "É um cara que a gente conhece e tem uma escola parecida com a nossa. Também veio correndo por fora do mercado, fazendo o som dele do jeito que ele acha que é", diz Pedro Luís.

Primeira (e única) música composta por Pedro e Lenine, "Quatro Horizontes" foi feita para a trilha sonora do filme "O Diabo a Quatro", de Alice Andrade, no qual aparece em duas versões: uma em ritmo de maracatu e outra em andamento de choro. Em "Ponto Enredo", reaparece como samba.

A guitarra de Leo Saad, incorporado ao grupo para o disco e para os shows, se faz presente em todas as faixas. Para os integrantes da banda, isso não significa que "Ponto Enredo" seja um disco mais pesado ou roqueiro. Assim como a predominância de sambas no repertório não faz do compositor Pedro Luís um sambista.

Lenine fez a produção como se fosse "mais um integrante da banda" e batizou o disco a partir do título de uma das canções. "Eu achava que "Ponto Enredo" era a síntese, porque faz referência às duas coisas que permeiam o som da Plap: samba e macumba", diz.

Urgência

O disco novo de Lenine foi criado com um sentido de urgência. As 11 músicas foram compostas em 15 dias, durante o mês de março, em um processo totalmente diverso do ocorrido em trabalhos anteriores. "Eu fazia uma música à noite, no dia seguinte gravava uma pequena base com ela no estúdio, voltava para casa e fazia uma outra música", diz.

Na hora de revestir de arranjos as composições, Lenine optou por fazê-lo com os integrantes da banda que o acompanha há 15 anos. Somente músicos com quem mantém uma relação próxima são como convidados. Entre eles, a bateria da Parede em "A Mancha" e "É Fogo". Esta, segundo Lenine, é a união do som dele com o do "Rio da rua, suburbano".

Para o compositor, "Labiata" é um desdobramento de seus dois últimos trabalhos: o sentido de banda que o "Acústico MTV" (2006) fortaleceu entre ele e os músicos que o acompanham somado à liberdade e ao desprendimento em estúdio que ele experimentou enquanto fazia a trilha sonora do espetáculo "Breu" (2007), balé do Grupo Corpo. "É um disco todo na primeira pessoa, e o foco é na natureza. Mesmo as canções em que o foco não é explícito falam sobre a natureza humana", afirma Lenine.

(© Folha de S. Paulo)


"Labiata"

Disco regular convida à indiferença

DA REPORTAGEM LOCAL

O fã clube do pernambucano Lenine é tão numeroso quanto sua turma de detratores -e é difícil entender esses extremos em relação à sua obra. Analisando friamente, não cabem nem a adoração nem o ódio a Lenine, um sujeito inteligente (ou seja, com um potencial para ser mala) que já acertou tanto no cravo ("O Dia em que Faremos Contato", 1997) quanto na ferradura -como é o caso deste "Labiata", seu oitavo disco. As 11 faixas foram feitas com parceiros variados como Arnaldo Antunes, Bráulio Tavares, Paulo César Pinheiro, Lula Queiroga e até Chico Science (1966-1997) -Goretti, irmã do ex-líder da Nação Zumbi, mostrou a Lenine um caderno com anotações de Chico, a partir das quais o compositor criou "Samba e Leveza" (uma das boas do disco). O resultado de tantas parcerias distintas (mesmo as que já vêm de longa data) é irregular. Em comparação com os bons trabalhos que têm vindo de Pernambuco nos últimos tempos, como os de Siba e de Silvério Pessoa, Lenine está em desvantagem. (MAC)

LABIATA
Artista: Lenine
Lançamento: Universal
Quanto: R$ 25, em média
Avaliação: regular

(© Folha de S. Paulo)

Com relação a este tema, saiba mais (arquivo NordesteWeb)


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