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Siba dirige shows que revêem o mangue beat

26/09/2008

 

 

Siba

Apresentações começam hoje no Sesc Pompéia

BRUNA BITTENCOURT
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Com a proposta de apresentar um panorama de movimentos da música brasileira, a série Era Iluminada já visitou em shows a bossa nova, a jovem guarda e o rock oitentista.

Em sua nona edição, o projeto do Sesc revê o mangue beat, que, nos anos 90, fundiu ritmos tradicionais pernambucanos, como o maracatu, o coco e a ciranda, ao rock, ao hip hop e à música jamaicana.

"Foi um momento de diversidade, em que a música brasileira deixou de ser tão segmentada", diz Siba, ex-Mestre Ambrósio, que, ao lado de Chico Science e Nação Zumbi e Mundo Livre S/A, deu forma ao movimento no começo da década de 90, em Recife.

Siba, hoje à frente da Fuloresta, assina a direção musical dos shows, que acontecem entre hoje e domingo, no Sesc Pompéia, e contam com membros da Nação Zumbi, da Academia da Berlinda, além da Fuloresta do Samba, na banda especialmente formada para o show.

Jorge Du Peixe (Nação Zumbi), Lia de Itamaracá (expoente da ciranda), Fábio Trummer (Eddie), Canibal (Devotos), Alessandra Leão (Folia do Santo), Karina Buhr (Comadre Fulozinha) e Junio Barreto são os convidados do grupo.

"Não temos a intenção de fazer cover de nós mesmos", diz Siba, que vê nos shows a chance de fazer referência a uma época de forma atualizada. "Uma parte é releitura, e outra, uma oportunidade de trocar o que cada um tem feito de novo", diz.

"Se brincar, tem mais coisa atual do que da época."

ERA ILUMINADA
Quando: hoje, sáb., às 21h, dom., 18h
Onde: Sesc Pompéia (r. Clélia, 93, tel. 0/xx/11/ 3871-7700)
Quanto: de R$ 6 a R$ 24
Classificação indicativa: livre

(© Folha de S. Paulo)


Homenagem para Duda

Aos 72 anos, músico goianense recebe tributo do Prêmio Culturas Populares do MinC

No ano passado, o Prêmio Culturas Populares recebeu o nome Maestro Duda – 100 Anos de Frevo, em homenagem ao ritmo pernambucano e um de seus principais personagens. Hoje, a edição 2007 do PCP chega oficialmente ao fim com um evento especial no Conservatório Pernambucano de Música (CPM), em Santo Amaro.

O secretário da Identidade e da Diversidade Cultural do Ministério da Cultura, Sérgio Mamberti, e representantes do Governo do Estado e do CPM confirmaram presença na cerimônia de homenagem a Duda, que toca alguns de seus frevos acompanhado pela Orquestra Retratos do Nordeste sob a regência do também maestro Marco César. A programação tem início às 19h e o acesso é gratuito.

Idealizado para identificar, fortalecer e divulgar as manifestações das culturas populares brasileiras, o prêmio busca valorizar os produtores premiando iniciativas que se destacaram pelo trabalho e ações na área dos saberes dessas expressões. Na última edição, foram premiadas 260 iniciativas dentre 800 inscrições recebidas de todo o País. Entre as agraciadas, 30 foram de Pernambuco.

As ações foram realizadas nos municípios de Aliança, Cabo de Santo Agostinho, Camocim de São Félix, Canhotinho, Caruaru, Glória do Goitá, Floresta, Garanhuns, Itamaracá, Lagoa dos Gatos, Nazaré da Mata, Olinda, Petrolina, Pombos, Recife, Serra Talhada e Tabira. Em Camocim, por exemplo, o prêmio incentivou a apresentação de um grupo de dança mazurca. Com 40 componentes, a trupe dá continuidade a uma tradição local iniciada pela família de José Tiago dos Santos. As reuniões continuam ocorrendo até hoje na casa dos filhos do artista, que já faleceu.

TRIBUTO

Nascido em Goiana, a 63 km do Recife, José Ursicino da Silva, maestro Duda, 72 anos, começou a estudar música aos 8. Cinco anos depois compôs o primeiro tema no ritmo que o consagrou, Frevo furacão. Hoje é reconhecido internacionalmente como compositor, arranjador de frevo e maestro de diversas orquestras. Segundo ele próprio, já gravou mais de quinhentos discos. Atualmente, desenvolve o projeto Criança Cidadã – com jovens da comunidade do Coque em parceria com o cantor Alcymar Monteiro e o maestro Cussy de Almeida e que dará origem a um disco em homenagem a Luis Gonzaga – e prepara com peças de compositores clássicos, como Amadeus Mozart e Ludwig van Beethoven, em ritmo de frevo.

» Homenagem ao maestro Duda – hoje, às 19h, no Conservatório Pernambucano de Música (Avenida João de Barros, 594, Santo Amaro. Fone: 3183-3400). Entrada franca

(© JC Online)


Djavan revela seus matizes ao Recife

Um dos maiores colecionadores de sucessos em trilhas sonoras de novelas volta ao Recife para apresentar o show do mais recente CD, Matizes, nesta sexta-feira (26), no Chevrolet Hall. Essencialmente autoral, o novo trabalho de Djavan reúne 12 canções inéditas, uma combinação de cores que se refletem em samba, bolero, música cubana e blues. Quem abre a noite é a pernambucana Alexa, a partir das 22h30.

Com cenário de Muti Randolph e design de luz de Maneco Quinderé, Djavan estará acompanhado pelos filhos Max Viana (guitarra e voz) e João Viana (bateria), além de Sérgio Carvalho (baixo e voz), Renato Fonseca (teclados e voz), Josué Lopez (saxofones), François Lima (trombone e voz) e Walmir Gil (trumpete e voz).

No repertório, além das novas músicas - Joaninha, Pedra, Azedo e amargo, Mea-culpa, Delírio dos mortais e Desandou -, o público vai djavanear com os clássicos Oceano, Eu te devoro, Açaí e Se.

SERVIÇO:
Djavan apresenta Matizes
Sexta (26), às 21h, no Chevrolet Hall
Avenida Agamenon Magalhães, s/n, Complexo de Salgadinho
Ingresso: Pista - R$ 25 (meia) e R$ 50 (inteira). Mesas Premium para 4 pessoas - R$ 500. Camarotes para 10 pessoas - R$ 1,2 mil (3º piso), R$ 1,5 mil (2º piso) e R$ 1,8 mil (1º piso), à venda nas lojas Renner e no local
Telefone: (81) 3427.7500
www.chevrolethall.com

(© JC Online)


Um show de aniversário

Eugênia Bezerra

ebezerra@jc.com.br

Quatro discos gravados, um estúdio de gravação montado com as próprias economias, ações sociais e muita história para contar sobre a música independente. A banda Devotos, formada por Cannibal, Celo Brown e Neilton, chegou aos 20 anos em plena atividade. O ápice da comemoração (que começou em fevereiro, com um show no festival Rec-Beat) acontece hoje, com uma apresentação no próprio Alto José do Pinho, mas precisamente na Rua Severino Bernardino Pereira (próximo ao terminal de ônibus e da casa de Cannibal, como certamente alguém deve lhe explicar pelo caminho). Além deles, sobem ao palco Clemente (da banda paulista Inocentes), Lirinha (do Cordel do Fogo Encantado), Adilson Ronrona (da Matalanamão) e o afoxé Ilê de Egbá. A apresentação será registrada em um CD (com incentivo da Petrobras e lançamento em novembro) e um DVD.

O repertório é um apanhado dos quatro discos e a lista de convidados reflete a carreira da banda, já que o objetivo do show também era registrar o encontro entre eles, seus parceiros e o público. Um exemplo disso é Lirinha, que participou do último disco da Devotos. “Ele já conhecia a Devotos antes de ter o Cordel. Depois falava que tinha muita gente em Arcoverde que gostava da Devotos. Mas a gente não botava fé, até chegar lá”, brinca Cannibal. Hoje, eles tocam juntos Dança das almas (Devotos) e A matadeira (Cordel).

Ele também explica que o vocalista da Matalanamão, também sobe ao palco como uma espécie de representante de bandas que estiveram ao lado da Devotos. “Adilson é uma das pessoas mais autênticas que eu conheço no rock. Nunca mudou sua personalidade durante esse tempo e sempre foi próximo da nossa banda, é uma pessoa que vem pra somar. Já que não dá pra convidar todo mundo, chamamos um cara para representar todas as bandas do Alto José do Pinho”.

Sobre o Ilê de Egbá, eles explicam que há uma influência do afoxé e do maracatu no som do grupo. “A bateria da Devotos é diferente de muitas bandas de punk rock, é muito tribal”. A influência de Clemente é mais facilmente reconhecida pelos fãs da Devotos, já que ele é sempre citado como uma das principais influências do trio. O paulista tocou com eles no show do Rec-Beat, junto a Zé Brown, e desta vez o encontro acontece com as músicas Alien, Pátria amada e Brincando do jeito que dá. “Ter o cara que sempre foi ídolo tocando junto com a gente é como fechar um ciclo, para começar outro”, diz Cannibal.

Esta mesma idéia de continuidade orienta a carreira do grupo, que comemora o aniversário com a consciência de que pode produzir bastante. “Essa história de 20 anos fica natural porque a gente sempre foi muito pé-no-chão e nunca se iludiu com a música, gravadoras, mídia, essas coisas. A gente levou muita porrada e hoje tenta passar a nossa experiência para quem tá perto. Mas o lado positivo da carreira foi maior”, resume o vocalista.

Sobre o DVD, Neilton explica que eles estão em busca de financiamento. “A banda tem um projeto mais antigo, com o documentário dos 20 anos, mas falta grana pra finalizar. A gente vai fazer o registro deste show, mas estamos vendo como lançar os dois”. A equipe responsável pela gravação do DVD é formada por João Jr e Téta Barbosa, da Rec Produtores, e João Henrique, da Markplan.

» Devotos 20 anos. Hoje, às 19h, na Rua Severino Bernardino Pereira (Alto José do Pinho). Aberto ao público.

 (© JC Online)

Com relação a este tema, saiba mais (arquivo NordesteWeb)


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