Foto: Divulgação
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Capa do novo disco de Pitty, "Chiaroscuro"
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O terceiro disco de estúdio de Pitty ganhou seu
título definitivo: "Chiaroscuro". Depois de uma
brincadeira da cantora com internautas envolvendo outros
dois possíveis nomes --"Siga O Coelho Branco" e "Entre o
Preto e o Branco"--, ela divulgou a capa de seu novo
trabalho
Pitty havia divulgado em seu Twitter uma imagem com a data de lançamento
do CD, que será no dia 11 de agosto, contendo o nome "Siga O Coelho Branco",
mas o boato do título só foi desmentido agora. O sucessor de "Admirável Chip
Novo" (2003) e "Anacrônico" (2005) tem 11 faixas e será lançado em formato
CD, MP3 e vinil.
A cantora explica o nome "Chiaroscuro": "é uma palavra italiana para
'claro e escuro', e também uma das técnicas de pintura de Leonardo Da
Vinci". O disco tem produção de Rafael Ramos e foi masterizado em Los
Angeles pelo engenheiro Brian Gardner, que já trabalhou com artistas como
David Bowie, Foo Fighters e Prince.
A primeira música de trabalho, "Me Adora", já teve seu clipe filmado
e foi lançada no dia 14 de julho.
Pitty e banda gravaram o disco no estúdio Cabo da Goiabeira, montado na casa
do baterista Duda Machado. Segundo a cantora, a pesquisa que fez a respeito
dos arranjos vocais da Motown, Stax, Ronettes e Beach Boys influenciaram na
hora de gravar os backing vocals.
A cantora assina a autoria de todas as músicas, além de uma parceria com
Fabio Magalhães, da banda Cascadura, na faixa "Sob o Sol", com letra que
traz impressões particulares dos dois músicos baianos sobre Salvador. O
disco tem influências de soul, tango, bolero e até música erudita.
(©
UOL Música)
J. Velloso, sobrinho de Caetano e
Bethânia, mostra sua face autoral
Tárik de Souza, Jornal do Brasil
RIO - Depois de inventariar compositores que o marcaram na estréia (Aboio
para um rinoceronte, 2004), o baiano J. Velloso, sobrinho de Caetano e
Bethânia, mostra sua face autoral. O CD J. Velloso e os Cavaleiros de
Jorge (Quitanda, selo de sua tia) tem intervenções de Virgínia Rodrigues
e os Jorges Mautner e Vercillo.
Há espaço no mercado musical baiano para algo diferente da axé music?
- Os espaços nós temos aberto com criatividade. Lógico que, numa cidade
onde existe uma música bem estruturada como o axé, as coisas ficam mais
difíceis. Mas conquistamos uma visibilidade surpreendente aqui. Depois que
começamos a fazer nossos Ensaios Itinerantes dos Cavaleiros de Jorge, em
Salvador, muitos artistas de estilos variados passaram a fazer o mesmo.
Durante estes três anos, temos nos apresentado em lugares diferentes de
Salvador, mas já fomos à França, Portugal, Pernambuco, São Paulo, Sergipe,
muitas cidades do interior da Bahia e até a Rio Branco (Acre). Queremos
fazer agora o lançamento itinerante do nosso CD e chegar ao Rio também.
O tropicalismo de seu tio Caetano deixou alguma marca em sua música?
- Sinto que essa é a marca mais forte no meu trabalho e também no meu
comportamento. Gosto de músicas antigas e das novidades. Continuo apaixonado
por Lupicínio Rodrigues e Assis Valente, mas gosto muito de Lenine e Arnaldo
Antunes. Caymmi e Gonzagão são meus ídolos, mas sei que quem me deu ouvidos
e sentimentos para gostar dessa forma de nossa música foi o tropicalismo.
Gosto de misturar e ter liberdade. Hoje sou um passarinho que
presunçosamente quer voar com gaiola e tudo.
E a tia Bethânia está mais próxima de 'Os Cavaleiros de Jorge' pelo
habitual sincretismo religioso de seu repertório?
- Acredito que esse pode ser um dos motivos entre vários. Mas a forma
sincera e apaixonada que me entrego à música deve toca-la. Não posso
dissociar a música da minha vida, isso aprendi com ela. E o sincretismo
religioso brasileiro é forte e importante, nos ajuda a ter um olhar mais
amplo, com menos preconceito.
(©
JB Online)
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