05/09/2009
Foto: Divulgação
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Cena de "Viajo Porque Preciso, Volto Porque Te Amo",
que mistura ficção e documentário, em competição na seção Horizontes,
voltada para filmes experimentais |
Festival de Veneza exibe "Viajo Porque Preciso, Volto Porque Te Amo", de
Karim Aïnouz e Marcelo Gomes, feito a partir de uma longa viagem pelo sertão
nordestino
Cena de "Viajo Porque Preciso, Volto Porque Te Amo", que
mistura ficção e documentário, em competição na seção Horizontes, voltada
para filmes experimentais
LEONARDO CRUZ
ENVIADO ESPECIAL A VENEZAExibido
no Festival
de Veneza, "Viajo Porque Preciso, Volto Porque Te Amo" é um projeto que
remete ao início da carreira de dois dos principais cineastas brasileiros da
atualidade: Karim Aïnouz, 43, e Marcelo Gomes, 45.
Finalizado neste ano, o filme que mistura ficção e documentário começou a
ser construído em 1999, com uma viagem de quase dois meses pelo sertão
nordestino, quando os dois diretores ainda não haviam rodado seus primeiros
longas: "Madame Satã", de Karim, só seria lançado em 2002, e "Cinema,
Aspirinas e Urubus", de Marcelo, em 2005.
"Essa viagem foi minha formação como cineasta. Muito do "Aspirinas"
surgiu ali. Aprendi mais naqueles meses do que na escola de cinema", conta
Marcelo, graduado pela Universidade de Bristol (Inglaterra). Para Karim, a
trajetória trouxe descobertas que seriam usadas em seu segundo longa, o "Céu
de Suely" (2007), também rodado no sertão.
Para contar melhor a gênese desse filme, a Folha reuniu os
cineastas no bar do Excelsior, tradicional hotel do Lido, espécie de anexo
do festival e ponto de encontro dos convidados. Na mesa ao lado, indiferente
à nossa conversa, o todo-poderoso produtor americano Harvey Weinstein
devorava um sanduíche e um refrigerante.
A parceria entre os diretores começou em 1996, quando Karim pediu que
Marcelo lesse o roteiro de "Madame Satã". Eles já se conheciam havia dois
anos e notavam uma afinidade grande no pensamento sobre cinema. A troca de
ideias funcionou, Marcelo se tornou corroterista do projeto e chamou Karim
para dividir o roteiro de "Cinema, Aspirinas e Urubus". "Todos os roteiros
que escrevo, dou para o Karim ler e vice-versa. São pouquíssimos amigos com
quem eu faço isso."
A dificuldade para levantar financiamento para os dois longas ficcionais
levou a dupla a pensar numa alternativa mais barata, que pudessem filmar
juntos. "Eu não aguentava mais esperar para fazer o "Madame Satã". Estava
com fome de filmar. Era uma necessidade física", relembra Karim.
Para isso, obtiveram um prêmio do Itaú Cultural para uma pesquisa sobre
feiras de cidades nordestinas -que aos poucos foi sendo transformado em um
retrato do sertão. "Foi o nosso tubo de ensaio, onde de fato começamos a
trabalhar juntos", conta Marcelo.
Cinema artesanal
Com equipe de seis pessoas, eles rodaram 13 mil quilômetros, a partir de
Juazeiro do Norte, no Ceará, passando por Pernambuco, Paraíba, Sergipe e
Alagoas, improvisando dia a dia os locais de filmagem. "Estávamos à procura
de tudo o que encantava e causava estranhamento. Queríamos romper com a
ideia de lugar isolado, intacto, esquecido, arraigado numa religiosidade
intransponível. Eu até evito usar a palavra "sertão" para ter um novo olhar
sobre esse lugar", conta Karim.
A ideia era se afastar da imagem histórica da região na cultura
brasileira. "Encontramos um universo plural, que tem desde uma feira de
equipamentos eletrônicos a locais de total desolação", completa Marcelo.
O primeiro resultado dessa filmagem foi o documentário "Sertão de
Acrílico Azul Piscina", de 26 minutos, pronto em 2004. Ao montar o curta, os
diretores perceberam que poderiam fazer ainda um outro filme, um longa, e
selecionaram 70 minutos das imagens que mais gostavam.
Esse "baú de fotos", como define Marcelo, ficou guardado até 2008, quando
surgiu a ideia de realizar uma obra que experimentasse mais e encontrasse um
jeito diferente de contar uma história.
"Depois de fazer uma série de TV ["Alice", da HBO], que tem um ritmo
industrial, eu queria algo artesanal", afirma Karim. Esse jeito foi a
construção de uma trama ficcional que costurasse as sequências mais
interessantes -nascia "Viajo Porque Preciso, Volto Porque Te Amo".
Após um ano de trabalho no roteiro, surgiu Zé Renato, o narrador do
filme, interpretado por Irandhir Santos. Ele é um geólogo que percorre o
sertão para fazer um estudo sobre a construção de um canal e, de quebra,
tentar esquecer uma perda amorosa.
"Fizemos um exercício de cinema ao contrário. Em vez de escrever uma
história e filmá-la, inventamos uma história a partir de um filme que já
existia", afirma Karim.
Ensaio audiovisual
Definida a trama, os cineastas voltaram ao sertão para captar cenas
adicionais, para preencher lacunas da ficção -em especial tomadas noturnas,
inexistentes no material de 1999. O resultado mistura vários tipos de imagem
-registros em película (super-8 vencido), digitais (sequências filmadas com
câmeras fotográficas), polaroids, em uma obra que Karim prefere chamar de
"ensaio audiovisual".
Para Marcelo, a variedade de imagens de "Viajo Porque Preciso" faz do
filme "um diário de viagens moderno, que dialoga com blogs, fotologs,
YouTube e Facebook".
"Esse é o filme do "Yes, we can", que é possível contar uma história com
o que você tiver em mãos, sem os custos tão elevados das formas mais
tradicionais de fazer cinema", completa Karim. No total, "Viajo Porque
Preciso" custou R$ 400 mil -"O Céu de Suely", longa anterior dele, tinha
orçamento de cerca de R$ 3 milhões.
Depois de Veneza, onde compete na seção Horizontes, "Viajo Porque
Preciso" fará sua estreia no Brasil no Festival do Rio, que começa no dia
24. Na sequência, vai à Mostra de SP. O lançamento comercial do filme ainda
não está definido.
Para o futuro, Marcelo e Karim já têm ao menos mais um projeto em vista.
Querem voltar às imagens que fizeram do Carnaval de Olinda para a instalação
"Ah, Se Tudo Fosse Sempre Assim", apresentada na Bienal de 2004.
"Filmamos muita coisa lá e usamos só uma pequena parte na Bienal. Acho
que ainda há um filme a ser descoberto", encerra Karim.
Frases
"Encontramos [no sertão nordestino] um universo plural, que tem desde uma
feira de equipamentos eletrônicos a locais de total desolação"
MARCELO GOMES
diretor"Estávamos à procura de tudo o que encantava e causava
estranhamento. Queríamos romper com a ideia de lugar isolado"
KARIM AÏNOUZ
diretor
BRASILEIRO É RECEBIDO COM APLAUSOS
"Viajo Porque Preciso, Volto Porque Te Amo" foi recebido com aplausos ao
final de sua estreia oficial no Festival de Veneza, ontem à tarde. O filme
de Marcelo Gomes e Karim Aïnouz passou na sala Darsena, a segunda maior do
evento, com 1.300 lugares -cerca de metade dos assentos estavam ocupados. O
diretor do festival, Marco Müller, foi à projeção. O longa ainda terá mais
uma apresentação neste sábado, na maior sala da mostra, com 1.700 cadeiras.
"Viajo Porque Preciso..." está na seção competitiva Horizontes, dedicada
a filmes mais experimentais. Em tom positivo, uma crítica da "Variety" de
ontem destaca que "os dois diretores construíram um filme profundamente
evocativo onde a natureza e o homem tem uma ligação estreita e de forte
integração".
(©
Folha de S. Paulo)
Sertão aplaudido em Veneza
Filme
pernambucano de Marcelo Gomes e Karin Ainouz foi bem recebido, ontem, na
Mostra Horizontes
VENEZA (ITA) – O filme pernambucano Viajo porque preciso, volto porque te
amo, dos diretores Marcelo Gomes e Karin Aïnouz, foi generosamente
aplaudido, ontem, na sua estreia na Mostra Horizontes, no Festival de
Veneza, durante a exibição para imprensa e público. Ainda inédito no Brasil,
o filme deverá participar em breve dos festivais de cinema do Rio de Janeiro
e de Miami. A dupla de cineastas deu entrevista coletiva, prestigiada pelo
público.
O filme também
foi bem recebido pela revista Variety, a mais respeitada publicação que
monitora o cinema no mercado mundial. Ontem, três horas depois da sessão de
estreia, a revista editou uma crítica extremamente positiva para o filme
pernambucano. O texto do crítico Jay Weissberg diz que o longa é “lindamente
estruturado e, ao final, atinge a transcendência, um road movie na sua forma
mais pura”.
“Com esse
filme, queríamos não apenas contar uma história de amor, como é feito desde
os gregos, mas também discutir a linguagem do cinema”, disse Gomes. “É um
melodrama, uma história de abandono clássico”, explica o diretor à agência
de notícias AFP. Ele estava claramente satisfeito com os elogios recebidos
ao término da exibição.
Com uma
viagem às terras áridas do Sertão brasileiro, os renomados diretores revelam
no filme as contradições de um País em transformação, entre o rural e o
urbano. As desventuras amorosas do geólogo José Renato, em viagem pelo
Nordeste para supervisionar a construção de um imenso canal, servem como
pretexto para descrever as mudanças íntimas da sociedade e o sentimento de
abandono.
O Sertão de
Gomes e Aïnouz, os dois nascidos e crescidos no Nordeste, é, na realidade,
um lugar imaginário, onde se pode fugir da dor, sonhar e viver do sexo fácil
com jovens prostitutas, assim como “inventar” com o cinema. “O Sertão pode
ser qualquer lugar do mundo”, reconhece o cineasta, premiado autor de
Cinema, aspirinas e urubus (2005), que trabalha intensamente com Aïnouz, de
Madame Satã (2002) e O céu de Suely (2006), para fazer experiências com a
linguagem, através de um mosaico de imagens e personagens captados com
fotos, slides e vídeos.
“É uma
ficção, mas parece um documentário, um ensaio no qual empregamos a mesma
tecnologia usada por qualquer pessoa, como a dos blogs atuais, com fotos,
gravações, imagens eletrônicas. Quisemos pesquisar novas formas de
linguagem. O cinema é algo novo ainda e que está mudando”, afirma.
SALLES
PREMIADO
O diretor
Walter Salles, 53 anos, recebeu ontem, no Festival de Veneza, o prêmio
Robert Bresson pela “busca do significado espiritual da vida” que faz com
seus filmes. O diretor, autor de sucessos como Central do Brasil e Abril
despedaçado e produtor de Cidade de Deus, recebeu o prêmio durante a
cerimônia organizada pela Fundação Entidade do Espetáculo no Hotel Excelsior
do Lido.
“Estou feliz
por receber este prêmio, que foi dado antes a cineastas que admiro, como
Theo Angelopoulos e Wim Wenders, e principalmente ao mais jovem de todos,
Manoel de Oliveira”, declarou.
Salles
lembrou de sua carreira e sua vida de cinéfilo, inclusive citando uma
passagem quando estudava num colégio jesuíta, na França, e foi advertido por
haver assistido a um filme “subversivo” como If. “Filmar é o direito de
sonhar e também de viajar”, disse. O cineasta contou que está trabalhando na
adaptação para o cinema do livro de Jack Kerouac Pé na estrada, e quer
desenvolver outros filmes, mais pessoais, com atores que considera “sua
família”, como Fernanda Montenegro e o mexicano Gael García Bernal. Este é o
décimo ano que se concede o prêmio Bresson.
» com
material das agências
(©
JC Online)
Filme brasileiro de Marcelo Gomes e Karim Ainouz é
bem recebido em VenezaNEUSA BARBOSA
Especial para o UOL, de Veneza, Itália*
Foi recebida com palmas e mais do que a metade da Sala
Darsena, que tem 1.300 lugares, ocupada, a sessão
oficial do primeiro filme brasileiro do 66º Festival de
Veneza, "Viajo Porque Preciso, Volto Porque Te Amo", dos
diretores Marcelo Gomes e Karim Ainouz. Atração desta
tarde de sexta (4), o documentário faz parte da seção
paralela Horizontes, destinada às produções de pesquisa
de linguagem cinematográfica.
Filmado ao longo de 10 anos, desde 1999, "Viajo Porque
Preciso, Volto Porque Te Amo" ganhou em parte um tom
ficcional ao ter acrescentada à sua travessia por
diversos pontos do sertão nordestino, a partir de
Fortaleza, a figura de um narrador - o ator baiano
Irandhir Santos (da minissérie "Pedra do Reino"), que
nunca aparece em cena, mas cuja voz é ouvida o tempo
todo.
Santos interpreta um geólogo, José Renato, que parte
para uma viagem de pesquisas, para construção de um
canal. Pelos seus olhos, o espectador do filme flagra
cenas da vida cotidiana de estradas, povoados, postos de
gasolina, feiras, santuários. O personagem filma esses
locais e essas pessoas, traçando com eles o itinerário
de uma procura existencial. Ele vive um momento de crise
numa relação amorosa, o que explica o título.
Na coletiva do filme, nesta tarde, os diretores
explicaram que o projeto do filme veio sendo adiado todo
este tempo em função de dificuldades de orçamento. Neste
período, os dois cineastas realizaram projetos
individuais em ficção: "Cinema, Aspirinas e Urubus", no
caso de Gomes, "Madame Satã" e "O Céu de Suely", no de
Ainouz. Mas, nos dois casos, participaram dos
respectivos roteiros, amadurecendo a parceria agora
traduzida em "Viajo Porque Preciso, Volto Porque Te
Amo".
Para Gomes, o período de maturação permitiu
redimensionar o material filmado ao longo dos anos, que
foi captado em vários suportes: digital, vídeo, 16 mm e
35 mm. "Aí surgiu a idéia de um personagem que também
viaja e está à flor da pele, como nós", aponta.
Falando dos locais de filmagens, Gomes prefere usar o
termo "sertão", que para ele é o "lugar da nossa
afetividade, de onde eu sou, de onde são os antepassados
do Karim". Gomes é pernambucano, Ainouz, cearense.
Já para Ainouz, "cada país tem o seu sertão". Em sua
visão, este é um "lugar da memória, do vazio e do
isolamento". Mas ele prefere usar outro termo:
"desertão".
*Neusa Barbosa escreve para o site Cineweb
(©
UOL Cinema)
A travessia que leva a
Veneza
Viajo porque
preciso, volto porque te amo, de Marcelo Gomes e Karim Aïnouz, tem première
no festival italiano
Kleber Mendonça Filho
cinemascopio@gmail.comViajo porque
preciso, volto porque te amo, filme de Marcelo Gomes e Karim Aïnouz, tem sua
estreia mundial hoje, no Festival Internacional de Cinema de Veneza, na
Itália. O longa metragem de 78 minutos, um filme de amor, foi selecionado
para a mostra paralela Orizzonti. Há três semanas, o produtor pernambucano
João Jr., da Rec Produtores, mostrou o filme no Recife, em sessão fechada.
O filme de
Gomes e Aïnouz foi realizado ao longo dos últimos 10 anos e era conhecido
como Carranca de acrílico azul piscina. Passou anos como “obra em
construção”. Composto por impressões captadas em formatos diferentes de
imagem, desde 1999, Viajo porque preciso, volto porque te amo (uma frase de
para-choque de caminhão) termina apresentando uma revisão interessantíssima
do elemento “Sertão”.
Se o Cinema
Brasileiro tem uma queda pelo Sertão como paisagem aberta e dura, palanque
estético para discursos políticos sobre pobreza e desigualdade, Gomes e
Aïnouz parecem abandonar isso e usar as vistas abertas dessa geografia como
terreno intimista e pessoal. Tanto Cinema, aspirinas e urubus como O céu de
Suely (de Aïnouz) já apontavam para isso, e esse novo trabalho em coautoria
sacramenta desenvolve ainda mais o conceito.
A caminho de
Veneza, os cineastas responderam por e-mail algumas questões iniciais sobre
um filme que terá sua première brasileira em algumas semanas, no Festival do
Rio, com lançamento nas salas previsto para janeiro.
“Mais do que
Sertão, palavra que designa um locus físico e imaginário, uma construção tão
densa de significados, preferimos pensar na palavra deserta. E o filme, em
última instância, é a história de uma travessia por um lugar isolado,
silencioso, rarefeito, mas talvez um lugar que já foi assim, e que hoje é
bem mais cheio de ruídos”, escreveram os dois diretores, que assinaram
juntos as respostas.
Eles fizeram
um filme-ensaio dotado de coração (partido), aspecto emotivo notável numa
obra que ejeta estruturas clássicas de narrativa. Há a sensação de que
estamos vendo as imagens de um amigo, trazidas de uma viagem feita há pouco
tempo, sua voz dedicada a descrever o que sentiu mais do que o que estamos
vendo.
Essa viagem
pelo interior do Brasil tem o tom de um torpor amoroso que vai adquirindo
sentidos íntimos nos pensamentos em voz alta de um geólogo (Irandhir
Santos). A relação dele com terra e pedra parece manter sua sanidade sob
controle. A sensação de estarmos diante de uma coleção de imagens captadas
na estrada vem de uma mistura orgânica de registros em película, vídeo
digital e fotografias, lindamente sonorizadas.
“Na
realidade, a tecnologia da imagem mudou significativamente nesses dez anos.
No início nossas escolhas de formato foram feitas em função daquilo que
poderiamos dispor, financeiramente. E aí o filme foi sendo apontado para um
lugar que é o lugar da colagem de formatos, emblemáticos de temporalidades
diferentes, assim como é a região percorrida pelo personagem”, dizem.
O trabalho de
Irandhir Santos (Amigos de risco, Baixio das bestas) faz de sua voz guia um
personagem completo. “Para dirigir Irandhir, primeiro fizemos um estudo de
vozes em off em diferentes filmes que admiramos. Passamos horas e horas com
Irandhir, refletindo sobre a gênese do personagem e seu estado emocional em
cada momento da viagem. Queríamos que o personagem começasse com uma voz
acertiva, determinada, afinal ele é um geólogo, classe média, com uma vida
correta, organizada. Aos poucos, queríamos que ele fosse mudando, de acordo
com a voz, se desorganizando. Irandhir foi incrível nesse processo, pela
paciência e pela dedicação.”
A seleção em
Veneza de viajo porque preciso, volto porque te amo confirma tendência
impressionante da ainda pequena produção pernambucana no sentido de ganhar
tela vitrines em festivais internacionais de primeira grandeza.
O rap do
pequeno príncipe contra as almas sebosas, de Paulo Caldas e Marcelo Luna,
esteve em Veneza 1999 na paralela Nuovi Territori. Cinema, aspirinas e
urubus foi para Cannes, em 2005, e Árido movie, de Lírio Ferreira, também
para a Orizzonti de Veneza, no mesmo ano. Baixio das bestas, de Cláudio
Assis, ganhou Melhor Filme em Roterdã 2007, enquanto Deserto Feliz, de Paulo
Caldas, teve seleção em Berlim. Esse ano, Um lugar ao sol, documentário de
Gabriel Mascaro, tem tido carreira sólida em festivais como Munique, Buenos
Aires e Los Angeles.
(©
JC Online)
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