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Geraldo Azevedo rompe boicote oficial com show no Mais MPB

18/10/2003

Geraldo Azevedo, na foto com Elba Ramalho

 

JOSÉ TELES

   “Será um show informal, voz e violão, com participação do flautista César Michiles”, diz Geraldo Azevedo do Show que apresenta hoje, no projeto +MPB da Tim, no Teatro Guararapes. Não há um “gancho” para a apresentação. Ele não está com disco novo, nem comemorando alguma data redonda, é apenas mais um show, faz questão de ressaltar: “Aceitei muito mais para manter o contato com o público pernambucano, como uma forma de não ficar tão ausente do Recife, já que a Prefeitura vem boicotando meu trabalho, me deixando fora do Carnaval, do São João”, explica e acusa. A abertura é do Som da Terra.

   Até que Geraldinho poderia estar celebrando a tal data redonda. Há 40 anos, ele trocava Petrolina pelo Recife, e logo estaria integrando o grupo Construção, com Naná Vasconcelos, Teca Calazans e músicos que faziam a cena da cidade na época. Até 1967, quando emigrou para o Rio, convidado pela cantora Eliana Pitman, ele era violonista requisitado e compositor premiado. Aquela rosa, sua estréia como compositor (em parceria com Carlos Fernando) tirou o primeiro lugar na II Feira de Música do Nordeste, interpretada por Teca Calazans.

   A carreira de Geraldo Azevedo nunca chegou ao nível de “estouro nacional”, em compensação, é uma das mais estáveis da MPB. na surdina, ele vai encaixando clássicos no repertório da MPB, Dia branco, Moça bonita, Taxi lunar, composições que estarão no show de hoje: “Dou prioridade na minha carreira aos shows, tanto que desde 2000 não lanço disco novo. Iria lançar este ano, mas não encontrei tempo. Entre uma viagem e outra, entro em estúdio e gravo alguma coisa”, comenta.

   O disco novo deve ser lançado depois do carnaval de 2004, e até título já tem.: O Brasil Existe em Mim: “Tirei de um verso de uma música nova, Chorinho de Criança, que fiz com Capinam”, conta Geraldo Azevedo.

   Esta inédita, e mais outras do próximo disco terão uma pré-estréia hoje: “Canto também Já que o som não acabou, homenagem a Jackson do Pandeiro, e mais uma que ainda não escolhi, provavelmente será O que me faz cantar, que gravei no Recife, com César Michiles”.

Show com Geraldo Azevedo, hoje, 21h, Teatro Guararapes, abertura do grupo Som da Terra. preços: R$40 (inteira) e R$ 20,(meia)

(© Jornal do Commercio-PE)

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