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 Cominho é popular no Nordeste

30/03/2009

 

 

O cominho (Cuminum cyminum L) é uma planta da família das umbelíferas

RACHEL BOTELHO
DA REPORTAGEM LOCAL

Especiaria de sabor pungente e característico, o cominho é muito usado em países de cozinha igualmente marcante, como Índia, México e Alemanha, entre outros.
Na Holanda e na Suíça, tempera alguns queijos; na França e na Alemanha, aromatiza bolos, pães, carne de porco, embutidos e conservas, e, no norte da África, suas sementes são usadas em carnes e vegetais.

Segundo a enciclopédia "The Oxford Companion to Food", na Espanha continua a emprestar sabor a cozidos e pães, mas em escala cada vez menor, como parece implícito no ditado "me importa un comino" -algo como "não estou nem aí".

Na América Latina, sua popularidade se deve, em parte, à influência espanhola, enquanto nos Estados Unidos pode ser encontrado em restaurantes e lanchonetes de cozinha "tex-mex" como ingrediente do chili com carne mexicano.

No Brasil, as preferências se dividem. Para Ina de Abreu, chef-proprietária do restaurante Mestiço, existe uma certa rejeição ao cominho em São Paulo. "Assim como o coentro, ele tem um gosto muito forte, muito característico. Já tive pratos no cardápio que levavam cominho e muita gente devolvia", conta.

Já na região Nordeste do país, é ingrediente do dia a dia. "É como se fosse o sal do Nordeste, usado no feijão, em guisados, assados, carnes, moquecas e temperos caseiros", afirma Jorge da Hora, professor do Centro Universitário Senac. Nos mercados, encontra-se um tempero pronto que mistura cominho e pimenta-do-reino.

A planta herbácea, da mesma família da salsinha, possui frutos pequenos e alongados, com listras na parte externa e, no interior, as sementes aromáticas usadas na cozinha. Provavelmente nativa do leste do Mediterrâneo, é cultivada em todo o mundo e já era bem conhecida na Antiguidade, quando gregos e romanos a utilizavam para fins medicinais e cosméticos.

Segundo o livro "101 Alimentos que Podem Salvar Sua Vida", de David Grotto (ed. Larousse), em alguns países é considerado uma versão estrangeira da alcaravia (ou "kümmel") e vice-versa, sendo chamado de alcaravia romana, oriental, egípcia e turca. Também já simbolizou ganância e fé, em períodos diferentes.

Fonte de ferro, cálcio e fósforo, é empregado popularmente como digestivo, diurético e afrodisíaco.

Como perde sabor rapidamente, as sementes moídas são melhores que o pó. Ambos devem ser armazenados em recipiente de vidro fechado, em local fresco, seco e escuro.

(© Folha de S. Paulo) 


Legumes à indiana

INGREDIENTES
(para cinco pessoas)

2 cebolas médias picadas
2 dentes de alho picados
4 tomates grandes sem pele e sem sementes picados
4 colheres (sopa) de azeite
200 ml de leite de coco light
1 colher (chá) de sal
1 colher (café) de curry
1 colher (café) de cominho
2 abobrinhas médias
1 e 1/2 xícara (chá) de vagem
2 cenouras médias
2 batatas médias
1 e 1/2 xícara (chá) de couve-flor
1 colher (sopa) de coentro picado

PASSO A PASSO

1. Em uma panela média, coloque de quatro a cinco xícaras (chá) de água para ferver e, depois, deixe em fogo médio.

2. Coloque a cenoura, instantes depois, a batata e, um pouco depois, a vagem. Após dois minutos, adicione a couve-flor e, por último, a abobrinha.

3. Em seguida, escorra os legumes e reserve.

4. Refogue a cebola e o alho no azeite, em fogo baixo.

5. Acrescente o tomate e mexa bem até amolecer.

6. Acrescente o leite de coco, o sal, o curry e o cominho.

7. Em seguida, junte os legumes e deixe ferver por dois a três minutos.

8. Apague o fogo, salpique o coentro e sirva.


Receita da chef Rita Atrib, do restaurante Le Petit Gourmet (tel. 0/xx/3845-2020)

(© Folha de S. Paulo)


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