Culinária

Barrinha Naturalíssima

 

A Embrapa Agroindústria Tropical criou uma barra de fruta com 90 % de derivados de caju. "Contém alto teor de fibras e vitamina C, e o triplo de proteínas em relação às barras de frutas tradicionais", diz o autor da receita Antônio Calixto.

Ingredientes:

1 kg de açúcar mascavo
1 kg de mel de abelha
2 kg de amêndoa de castanha de caju triturada
1 kg de caju desidratado ao sol ou no forno (a fibra)
2 kg de flocos de arroz
200 g de lecitina de soja
1 lata de leite em pó
½ litro de mel de caju

Preparo do xarope:

Misture o mel de caju, o mel de abelha, o açúcar mascavo e a lecitina de soja e leve ao fogo em tacho até atingir o ponto de calda bem grossa.

Preparo da barrinha:

Os componentes secos - fibra de caju, flocos de arroz, amêndoa de castanha triturada e leite em pó - são misturados ao xarope na proporção de 58% de ingredientes secos para 42% de xarope. Mexa até conseguir uma boa textura. Modo de cortar: Use rolo de pastel para abrir e comprimir a mistura em uma fôrma de metal. Leve à geladeira por 15 minutos. Em seguida corte as barrinhas e embale com papel de alumínio para proteger o produto da umidade. A barra dura até um ano.

Caju: riqueza brasileira

Muito conhecida e consumida, essa fruta está se revelando um alimento importantíssimo em termos nutricionais e funcionais. Descubra todo o seu poder e veja por que ela não pode faltar na sua mesa

SIMONE SERPA
FOTOS: PRISCILA PRADE

Há algumas curiosidades a respeito do caju. Para começar, a fruta é a castanha e sua haste de sustentação (pedúnculo) é o caju propriamente dito. É dela que se extrai o suco, hoje um dos mais consumidos no Brasil na forma industrializada, só perdendo para o de laranja. Várias pesquisas realizadas nas universidades do Brasil e até da Europa vêm chamando a atenção para esse alimento tão barato, rico e conhecido (especialmente no nordeste).

Segundo Geraldo Arraes Maia, professor da Universidade Federal do Ceará na área de Tecnologia de Frutas e pesquisador do CNPq, o caju tem sido muito procurado não só por seu sabor exótico e os componentes nutricionais, mas também por suas propriedades funcionais. "Os compostos fenólicos, a vitamina C, os carotenóides e as antocianinas formam o grupo de substâncias que têm ação antioxidante. São elas que evitam a formação dos radicais livres, moléculas que danificam as células e provocam uma série de doenças degenerativas, problemas cardíacos e alguns tipos de câncer".

Estudos europeus indicam que todas as frutas que concentram ativos antioxidantes trazem benefícios para a saúde, tanto que os órgãos fiscalizadores da Europa estão permitindo, inclusive, que se acrescente essa informação nos rótulos dos produtos.

Mais vale um caju do que 3 laranjas

Um complexo de substâncias presentes no caju faz com que ele seja um poderoso antioxidante, que protege as células do corpo

Na questão nutricional o caju também tem muito a oferecer. Ele é rico em carboidratos, fibras, minerais (como cálcio, fósforo e ferro), vitamina C e complexo B. Para se ter uma idéia, ele tem três vezes mais vitamina C do que a laranja. Enquanto 100 ml de suco desta última contém 60 mg dessa vitamina, a mesma quantidade de suco de caju concentra de 200 a 250 mg. "Ele só perde para a acerola e para o camu-camu, uma fruta ainda não comercializada", afirma Antônio Calixto, engenheiro agrônomo e pesquisador da Embrapa Ceará. Isso tudo sem falar na castanha. "Ela tem 30% de proteína de alto valor nutritivo e é fonte importante de vitamina E, que tem sido relacionada à saúde do coração e dos órgãos reprodutores", diz o professor Geraldo. Tanta coisa boa reunida em uma fruta tão barata. Sim, porque o caju é farto no nordeste, onde é consumido in natura e também amplamente aproveitado em sucos, doces, geléias... "Ele é considerado uma das mais importantes plantações da região, pois aproveita a mão-de-obra no período de entressafra de outras culturas", explica Antônio Calixto. A agroindústria do caju é responsável por uma área plantada em torno de um milhão de hectares no nordeste, gera trabalho direto e indireto nos segmentos agrícola, industrial e de serviços para 1,5 milhão de pessoas.

Falta aproveitar melhor

Apesar de tudo, ele ainda é subaproveitado. O engenheiro agrônomo destaca que o nível de utilização do pedúnculo não chega a 10%, por isso muitas pesquisas são desenvolvidas no nordeste para potencializar o aproveitamento da parte suculenta da fruta. Com isso quem ganha somos nós, os consumidores. O professor Geraldo cita exemplos, como o hambúrguer feito com as fibras do fruto, o creme da amêndoa e, o mais badalado do momento, a barrinha de caju. "Com a barra aproveitamos a fibra desidratada do pedúnculo, que é desprezada pela indústria", diz Antônio Calixto, criador da receita. Na elaboração do produto entra também o suco concentrado, o chamado mel de caju, com altíssimos teores de vitamina C. "Esse sumo superconcentrado tem 25 vezes mais vitamina C do que uma laranja e 66,5% de açúcares, que são a glicose ou frutose", ressalta o especialista. Há variações genéticas da fruta, mas elas não indicam diferenças na composição química e na qualidade nutricional. O importante é selecionar aquelas com hastes de textura firme, de tamanho grande e coloração que vai do laranja ao vermelho.

Receitas 100% nutritivas

A Embrapa desenvolveu várias receitas com caju. O objetivo é aproveitar ao máximo seus nutrientes e componentes funcionais. Experimente!

Fonte: Estilo Natural Online


 
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